Amazon lança com sucesso primeiros satélites do Project Kuiper
A Amazon realizou com sucesso o lançamento dos primeiros satélites do Project Kuiper, sua iniciativa de internet via satélite. A operação ocorreu na segunda-feira (28), nos Estados Unidos, sem enfrentar problemas técnicos ou climáticos.
Apesar do sucesso no lançamento, a empresa ainda não confirmou se os satélites estão operando corretamente ou se já estabeleceram comunicação com o centro de controle.
Antes desse lançamento, a Amazon havia enviado apenas dois satélites de teste ao espaço em 2023. A previsão era iniciar os lançamentos ainda no ano passado, mas uma série de atrasos — principalmente por motivos técnicos não divulgados — postergou o cronograma. O lançamento atual, por exemplo, foi adiado em 20 dias por conta de condições climáticas na Flórida.
O que é o Project Kuiper?
Iniciado em 2019, o Project Kuiper é o projeto da Amazon para oferecer internet banda larga via satélite, entrando diretamente na concorrência com a Starlink, de Elon Musk.
A meta da empresa é lançar cerca de 80 foguetes para colocar em órbita uma constelação inicial de mais de 3.200 satélites — menos da metade da estrutura atual da principal concorrente. A expectativa é começar a oferecer o serviço até o fim de 2025, com algumas dezenas de satélites já em operação.
Diferente da Blue Origin — empresa aeroespacial fundada por Jeff Bezos — o Project Kuiper é um investimento separado e conta com um aporte estimado de US$ 10 bilhões. O serviço será voltado a clientes corporativos, governamentais e domésticos.
Como funciona a internet via satélite?
A internet via satélite é uma forma de conexão sem fio que, embora já exista há anos, ganhou força recentemente com o avanço tecnológico e a entrada de novas empresas no setor.
No Brasil, por exemplo, a Starlink se tornou líder do segmento em poucos meses, levando conexão até mesmo a regiões remotas, como reservas indígenas e áreas turísticas isoladas.
A principal vantagem da tecnologia é a ampla cobertura, pois não depende de infraestrutura terrestre. Isso permite levar internet a locais de difícil acesso, como áreas rurais, cidades pequenas e regiões montanhosas. No entanto, ainda apresenta algumas limitações, como menor velocidade em relação à fibra óptica, maior latência e a necessidade de uma antena com visão livre para o céu.