A farmacêutica AstraZeneca admitiu em um processo judicial movido na Inglaterra que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos, que levam à trombose.
A informação foi publicada pelo jornal inglês The Telegraph no domingo (28/4) sobre uma disputa entre a empresa e um grupo de 51 pessoas que pedem indenização alegando terem passado por eventos assim. Em sua defesa, a AstraZeneca disse que a vacina “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)”.
A síndrome de trombose com trobocitopenia leva à formação de trombos que podem entupir veias ou artérias do organismo. Ainda em 2022, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), após uma investigação sobre casos de coágulos sanguíneos que surgiram em pessoas vacinadas, concluiu que esses eventos deveriam ser listados como efeitos colaterais “muito raros” do imunizante.
Na ocasião, foi divulgada a incidência aproximada de 1 caso a cada 100 mil doses aplicadas da vacina, ou seja, o risco estaria abaixo de 0,001%. Especialistas ressaltaram que os benefícios da vacinação contra a Covid-19 superavam em muito os riscos potenciais. A comunidade médica também acrescentou que os riscos de trombose em caso de Covid eram bem maiores.
Um estudo de 2021 apontou que havia chances de 8 a 10 vezes maiores de desenvolver trombose sem a imunização do que recebendo a vacina.