Os casos estão aumentando, principalmente pelas chuvas, mas hábitos simples podem prevenir as doenças.
Minas Gerais está novamente sob ameaça de epidemia de doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti. De 2022 até novembro de 2023, aumentaram em 430% os casos prováveis de dengue no Estado. Os registros de ocorrências de chikungunya subiram 700% e os de zika, em 260%, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde.
O inseto, principal transmissor dos vírus que provocam essas doenças, foi encontrado em 97,8% dos municípios mineiros. Com a estação de chuvas e calor, a proliferação do mosquito se acelera, ampliando os riscos de contaminação e óbitos.
Hábitos simples podem evitar a reprodução do mosquito:
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evitar água parada em pneus, pratinhos de vasos de plantas, piscinas sem uso, garrafas ou quaisquer objetos que acumulem líquido
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manter fechadas e limpas caixas d´água e lixeiras
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evitar acúmulo de lixo e entulhos
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conservar vazios e secos reservatórios de água de ar-condicionado, geladeira e umidificador
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colocar baldes e garrafas de cabeça para baixo
O cidadão deve ainda buscar ajuda médica, imediatamente, caso sinta algum dos principais sintomas:
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Febre alta
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Dores nas articulações
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Fraqueza
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Manchas vermelhas pelo corpo
Campanha orienta o cidadão
Preocupada com a situação no Estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza campanha de utilidade pública para orientar o cidadão sobre os perigos e os cuidados necessários para evitar as doenças.
A finalidade é alertar a população sobre a importância de atitudes individuais para reduzir os focos do mosquito e de se buscar atendimento médico aos primeiros sinais.
“Todos devemos fazer a nossa parte na prevenção a essas doenças. A Assembleia entende a importância da conscientização e do acesso às informações para nos ajudar a identificar e acabar com os focos do mosquito, e adotar medidas para evitar se expor ao risco da doença.”
Vacina contra dengue integra o Programa Nacional de Imunização
A partir de fevereiro, a vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, começará a ser disponibilizada pelo governo federal nos postos de vacinação. Em um primeiro momento, a vacinação vai ser direcionada ao público e às regiões prioritárias, onde a incidência da doença é maior.
A escolha foi definida porque o laboratório Takeda, que produz o imunizante, tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses.
O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses do imunizante. A eficácia geral é de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%