O Democrata-GV entrou em campo com espírito de decisão, ao passo que o Ipatinga parecia jogar um amistoso. Resultado: 4 a 1 para o time valadarense, muita festa no estádio Mamudão com mais de 5 mil torcedores, permanência da Pantera no Módulo A do Campeonato Mineiro e rebaixamento do Ipatinga ao Módulo B, depois do acesso há dois anos. Foi o fechamento do “torneio da morte” do Campeonato Mineiro, na noite desta segunda-feira. O Tigre fará companhia ao Patrocinense na Segunda Divisão em 2025.
Foi o desfecho de uma campanha ridícula, que começou com um treinador teórico, um elenco de jogadores sem atitude; uma troca para outro treinador pior ainda e com os mesmos jogadores sem atitude. No desfecho, o desespero de algumas contratações e o improviso de um auxiliar técnico no comando, o que não serviu para evitar a queda.
Para completar, a notícia dos últimos dias de que a tal SAF alardeada com “a salvação”, desistiu do negócio e teria já “tirado seu time de campo”.
Desastre anunciado
Com apoio da numerosa torcida que compareceu ao Mamudão, o Democrata-GV foi avassalador no 1º tempo, a exemplo do que foi todo o jogo. Fez 2 a 0 nesta primeira fase, mas poderia ter construído uma goleada, que só não aconteceu por três grandes defesas do goleiro ipatinguense Douglas Baldini, por uma bola na trave e outras finalizações para fora dos seus atacantes.
Acuado, sem conseguir segurar a bola para evitar a pressão do adversário, o Ipatinga foi uma caricatura de time, tendo chutado apenas duas bolas ao gol de Luís Augusto. O time foi “engolido”, além de ter sido passivo ante ao sufoco da equipe da casa.
2 a 0
O primeiro gol do Democrata veio aos 15 minutos, num pênalti convertido por Alemão. O lateral esquerdo Neto cometeu a falta em Richard dentro da área, infração bem marcada pelo árbitro Murilo Francisco.
A pressão seguiu e o segundo gol era uma questão de tempo. Veio aos 39, após um erro do zagueiro Alex Trindade no meio campo, que perdeu a bola, possibilitando lançamento de Gutinho para Pedro Oliveira, que bateu por cobertura, fazendo justiça ao time que tinha espírito de decisão, contra um Ipatinga inócuo.
Para piorar a situação, o Tigre ainda perdeu, neste 1º tempo, o meia Gérson Magrão, contundido, que cedeu lugar a Luizinho. O time foi para o vestiário aliviado por ter tomado somente dois gols.
Goleada e queda
O destino do desastre ipatinguense estava por se confirmar com o 2º tempo. Novamente sem qualquer inspiração, desorganizado em campo, foi novamente “amassado” pelo Democrata, que novamente mostrou espírito de decisão. A justiça para os donos da casa veio aos 23 minutos, com o 3 a 0, por meio de Moroto, de cabeça, após cruzamento de Richard da direita.
O 4 a 0 veio aos 30, por meio de Thiago André, que acabara de entrar em campo, após um chutão do goleiro Luís Augusto para o ataque. A zaga do Tigre assistiu a mais um gol. Daí, a inflamada torcida democratense, que apoiou seu time desde o início, já cantava “arerê, o Ipatinga vai jogar a Série B!”.
O Ipatinga fez seu gol de honra, o que não diminuiu o vexame da noite, por meio de Raphael Lopes, num gol de fora da área, aos 43. Depois disso, mesmo com dez minutos de acréscimo, não teve nenhuma reação ipatinguense. Estava sacramentado o placar e o Democrata-GV se salvando com uma atuação histórica diante de um rival de muitos anos.
Ficha técnica
Democrata-GV: Luís Augusto, Almir Sóta, Donato, Lula e Wender; Luanderson, Alemão (Luan) e Bruninho; Pedro Oliveira (Thiago André), Richard (Jorge Pedra) e Gutinho (Moroto). Técnico – Wladimir Araújo.
Ipatinga: Douglas Baldini, Ézio, Alex Trindade, Nilo e Neto; Marquinhos (Wesley), Lucas Paranhos (Raynan), Vico (Alex Matos) e Gérson Magrão (Luizinho); PH e Luís Felipe (Raphael Lopes). Técnico – Fabiano Braz.
Árbitro: Murilo Francisco Misson Júnior; assistentes: Ricardo Junio de Souza e Leonardo Henrique Pereira; VAR: Michel Patrick Costa Guimarães.
